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Documentário:
“Quando sinto que já sei”.
Direção: Anderson Lima
No último dia 24 de
setembro, o curso de Pedagogia da PUC- Minas em parceria com outros cursos da
área de educação da referida instituição, exibiu o documentário “Quando sinto que já sei”.
O filme, com duração de uma
hora e dezoito minutos, dirigido por
Anderson Lima, foi orçado em 50 mil reais. Apresenta uma análise crítica sobre
o sistema educacional brasileiro e também modelos de escolas “alternativas” espalhadas em todo o
Brasil.
Vários relatos de
especialistas da educação são apresentados criticando o modelo tradicional das
escolas presentes em nosso país, que têm como foco cumprir um currículo
estipulado pelas diretrizes de base da educação e a aprovação dos alunos no
ENEM e em vestibulares.
Muitos professores são tidos
como autoritaristas, ou seja, alguém de que o aluno necessita ter medo e
distanciamento, o transmissor do conhecimento e para quem se dirigem todas as
atenções na sala de aula. Aqui voltamos àquela velha imagem que temos de muitas
pessoas reunidas em uma arquibancada assistindo aos velhos espetáculos, onde
devem somente se levantar para aplaudir ao final, sem direito a nenhum tipo de
interferência.
Com essa nova proposta de
uma escola criativa, o professor é visto como um facilitador que estimula os
alunos no processo de desenvolvimento de suas potencialidades. A formação não
se restringe a lecionar as disciplinas básicas como o português, matemática,
física, química, biologia, geografia, história, filosofia e sociologia, mas a
trabalhar com os discentes de modo integral visando à formação intelectual,
psicológica e afetiva.
São apresentadas sete escolas
“alternativas” com novas propostas pedagógicas. O diferencial dessas
instituições se dá nas suas estruturas físicas como disposição das carteiras de
modo circular e em pequenos grupos, o não uso de sinal sonoro para demarcar os
horário das aulas e a ausência de grades nas portas e janelas. Os recursos
audiovisuais, como televisão, DVD, computador e internet, são empregados na
exposição das matérias, buscando associar teoria e prática.
O documentário leva-nos a
repensar o modelo educacional brasileiro. Para que haja mudanças, é necessário contar
com a colaboração de toda a rede envolvida na educação, desde alunos e pais até
professores e coordenadores pedagógicos das instituições.
Os estudantes não podem ser
considerados sujeitos passivos que apenas recebem os conteúdos em sala de aula,
mas devem ser encarados como seres ativos que precisam ser estimulados na busca
da construção de novos conhecimentos.
A escola necessita ser vista
como um lugar prazeroso e encantador. Para isso, é necessário que todos os
envolvidos na educação se percebam como colaboradores na construção de uma
“nova escola”.
Autor: Adriano Mendes de
Pinho, graduando no 4º período de Filosofia PUCMG e seminarista da Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano.
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