segunda-feira, 20 de outubro de 2014


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Documentário: “Quando sinto que já sei”.

Direção: Anderson Lima



No último dia 24 de setembro, o curso de Pedagogia da PUC- Minas em parceria com outros cursos da área de educação da referida instituição, exibiu o documentário “Quando sinto que já sei”.
O filme, com duração de uma hora e dezoito minutos,  dirigido por Anderson Lima, foi orçado em 50 mil reais. Apresenta uma análise crítica sobre o sistema educacional brasileiro e também modelos de escolas “alternativas” espalhadas em todo o Brasil.
Vários relatos de especialistas da educação são apresentados criticando o modelo tradicional das escolas presentes em nosso país, que têm como foco cumprir um currículo estipulado pelas diretrizes de base da educação e a aprovação dos alunos no ENEM e em vestibulares.
Muitos professores são tidos como autoritaristas, ou seja, alguém de que o aluno necessita ter medo e distanciamento, o transmissor do conhecimento e para quem se dirigem todas as atenções na sala de aula. Aqui voltamos àquela velha imagem que temos de muitas pessoas reunidas em uma arquibancada assistindo aos velhos espetáculos, onde devem somente se levantar para aplaudir ao final, sem direito a nenhum tipo de interferência.
Com essa nova proposta de uma escola criativa, o professor é visto como um facilitador que estimula os alunos no processo de desenvolvimento de suas potencialidades. A formação não se restringe a lecionar as disciplinas básicas como o português, matemática, física, química, biologia, geografia, história, filosofia e sociologia, mas a trabalhar com os discentes de modo integral visando à formação intelectual, psicológica e afetiva.  
São apresentadas sete escolas “alternativas” com novas propostas pedagógicas. O diferencial dessas instituições se dá nas suas estruturas físicas como disposição das carteiras de modo circular e em pequenos grupos, o não uso de sinal sonoro para demarcar os horário das aulas e a ausência de grades nas portas e janelas. Os recursos audiovisuais, como televisão, DVD, computador e internet, são empregados na exposição das matérias, buscando associar teoria e prática.
O documentário leva-nos a repensar o modelo educacional brasileiro. Para que haja mudanças, é necessário contar com a colaboração de toda a rede envolvida na educação, desde alunos e pais até professores e coordenadores pedagógicos das instituições.
Os estudantes não podem ser considerados sujeitos passivos que apenas recebem os conteúdos em sala de aula, mas devem ser encarados como seres ativos que precisam ser estimulados na busca da construção de novos conhecimentos.
A escola necessita ser vista como um lugar prazeroso e encantador. Para isso, é necessário que todos os envolvidos na educação se percebam como colaboradores na construção de uma “nova escola”.



Autor: Adriano Mendes de Pinho, graduando no 4º período de Filosofia PUCMG e seminarista da Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano.

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